Torcedores do Chelsea são condenados por racismo em Paris

Episódio ocorreu antes de uma partida do time inglês contra o PSG, em 2015, pela Liga dos Campeões da Europa

Homem negro foi vítima de racismo por parte de torcedores do Chelsea, em Paris
Foto: Reprodução
Homem negro foi vítima de racismo por parte de torcedores do Chelsea, em Paris

Quatro torcedores britânicos do Chelsea foram condenados nesta terça-feira (3) a até um ano de prisão por ato de racismo ao terem impedido a entrada de um homem negro em um vagão do metrô de Paris, capital da França, em fevereiro de 2015.

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O episódio de racismo ocorreu antes de uma partida dos time inglês contra o Paris Saint-Germain, válido pela Liga dos Campeões da Europa, e foi filmado pelo celular de uma pessoa não identificada. Na gravação, os torcedores aparecem gritando "nós somos racistas e é assim que gostamos de ser".

Os dois britânicos que assistiram ao julgamento, um de 27 anos de idade e outro com 52, foram sentenciados a seis e oito meses de prisão, mas com direito à condicional, enquanto os outros dois que não compareceram pegaram um ano de reclusão e foram proibidos de visitar a cidade de Paris por dois anos.

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"Nunca os perdoarei. É algo que me fez muito mal, tomo remédios, vou ao psicólogo, isso afetou minha vida profissional", declarou Souleymane Sylla, vítima das injúrias racistas, que também se mostrou contente com a decisão da Justiça parisiense.

Pedido de desculpa e decisão satisfatória

Um dos dois condenados presentes, Josh Parsons, afirmou não ter sido um ato de racismo e pediu desculpa a Sylla. O advogado da acusação, Jim Michel-Gabriel, comentou que foi feita justiça e se disse satisfeito pela França “reconhecer que cânticos racistas podem ser punidos” 

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Os incidentes ocorreram em fevereiro de 2015, durante a visita do Chelsea ao Paris Saint-Germain, em jogo da Champions. Os quatro torcedores do Chelsea que impediram Souleymane Sylla de entrar no metrô também foram obrigados a pagar uma indenização no valor de 10 mil euros à vítima, algo em torno de R$ 34 mil.

Os advogados de defesa reclamaram da sentença e afirmaram que os clientes acusados de racismo estavam no lugar errado e na hora errada.