Marcelo Boeck deixou a Chapecoense
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Marcelo Boeck deixou a Chapecoense

O experiente goleiro Marcelo Boeck foi um dos poucos jogadores que não viajaram para Colômbia no fatídico voo da Chapecoense que matou 71 pessoas e seria um dos nomes da reconstrução do clube catarinense. Seria. O atleta de 32 anos de idade deixou a Chape para acertar com o Fortaleza, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro.

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A decisão de sair da Chapecoense não foi muito bem digerida por algumas pessoas e causou muita polêmica, já que Boeck foi bastante criticado e acusado de ter forçado seu desligamento do time após a tragédia do final de novembro que dizimou praticamente todo plantel.

Diante das críticas, o jogador usou sua conta oficial do Instagram - postando uma imagem toda em preto - para se defender e esclarecer os motivos que o levaram a tomar esta decisão, explicando que a diretoria do clube de Chapecó não demonstrou qualquer interesse em renovar seu contrato, que se encerrou neste mês de dezembro.

NOTA DE ESCLARECIMENTO Caros amigos e torcedores, em especial os da Associação Chapecoense de Futebol, a nossa Chape. Todos sabem do meu carinho por essa instituição que tão bem me acolheu e, por isso, venho a público esclarecer que de maneira alguma, abandonaria o clube após a tragédia de Medellin. Recebi críticas após a notícia que eu iria atuar pelo Fortaleza Esporte Clube ter sido divulgada como se eu fosse um desertor, como se eu não tivesse coração. Fiquei triste com isso. Assim como todos os companheiros que não estavam no fatídico vôo, deixei claro minha intenção de ajudar na reconstrução da Chape. É um momento difícil e sabia que eu também seria importante para estar ali e reerguer o clube. Mais do que isso, não poderia e nem queria deixar a Chapecoense após esse acidente. Eu tinha total intenção de renovar contrato, mas não houve reciprocidade por parte da diretoria, que decidiu em não iniciar uma negociação conosco, situação que eu respeito muito. Felizmente, recebi proposta para atuar no Fortaleza, o que me deixou muito feliz e motivado, pois assim como a Chape, trata-se de um clube de excelente estrutura e de uma grande e fanática torcida. Não tenho a intenção de polemizar, longe disso. Apenas quero esclarecer algo que jamais faria num momento de tanta dor e tristeza. A Chape estará sempre comigo. Espero, um dia, voltar, e retribuir todo o carinho que recebi em Chapecó. Estarei sempre torcendo por todos do clube. Marcelo Boeck.

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Confira a mensagem de Boeck

"Caros amigos e torcedores, em especial os da Associação Chapecoense de Futebol, a nossa Chape. Todos sabem do meu carinho por essa instituição que tão bem me acolheu e, por isso, venho a público esclarecer que de maneira alguma, abandonaria o clube após a tragédia de Medellin.

Recebi críticas após a notícia que eu iria atuar pelo Fortaleza Esporte Clube ter sido divulgada como se eu fosse um desertor, como se eu não tivesse coração.

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Fiquei triste com isso. Assim como todos os companheiros que não estavam no fatídico vôo, deixei claro minha intenção de ajudar na reconstrução da Chape. É um momento difícil e sabia que eu também seria importante para estar ali e reerguer o clube. Mais do que isso, não poderia e nem queria deixar a Chapecoense após esse acidente.

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CHAPECOENSE/DIVULGAÇÃO

Marcelo Boeck vai para o Fortaleza

Eu tinha total intenção de renovar contrato, mas não houve reciprocidade por parte da diretoria, que decidiu em não iniciar uma negociação conosco, situação que eu respeito muito. Felizmente, recebi proposta para atuar no Fortaleza, o que me deixou muito feliz e motivado, pois assim como a Chape, trata-se de um clube de excelente estrutura e de uma grande e fanática torcida.

Não tenho a intenção de polemizar, longe disso. Apenas quero esclarecer algo que jamais faria num momento de tanta dor e tristeza. A Chape estará sempre comigo. Espero, um dia, voltar, e retribuir todo o carinho que recebi em Chapecó.

Estarei sempre torcendo por todos do clube"

"Alívio num momento de tristeza"

Marcelo Boeck foi um dos jogadores do elenco que não viajou a Medellín, na Colômbia, para a decisão da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. De acordo com o seu empresário, Antonio Araújo, o goleiro pediu dispensa da convocação para comemorar seu aniversário no Brasil. Ele completou 32 anos no dia 28 de novembro, dia do embarque da Chape.

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“O clube lhe deu permissão e ele não viajou. Foi um alívio num momento de profunda tristeza pela tragédia que aconteceu e atingiu todos no futebol. Eu pude falar com ele e ficou profundamente triste com o que aconteceu”, disse Araújo à rádio portuguesa “TSF”.

Tragédia na Colômbia

A Chapecoense jogaria o primeiro duelo contra o Atlético Nacional em Medellín, mas a aeronave que levava os jogadores da equipe, bem como comissão técnica, membros da diretoria e jornalistas caiu pouco antes de chegar ao destino. 71 pessoas morreram e apenas seis sobreviveram: os jogadores Alan Ruchel, Neto e Follmann, o jornalista Rafael Henzel, a comissária Ximena Suárez e o técnico de avião Erwin Tumiri.

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