CBF celebra decisão da Chapecoense de não virar "café com leite" no Brasileirão
Clubes sugeriram que o time catarinense não fosse rebaixado pelos próximos três anos, mas a própria Chape não aceitou
Logo após a tragédia aérea que matou 71 pessoas na colômbia, a grande maioria ligada à Chapecoense, entre jogadores, dirigentes e comissão técnica, os clubes brasileiros se uniram e pediram à CBF que a equipe catarinense tivesse imunidade nos próximos três anos, sem poder ser rebaixada para Série B do Campeonato Brasileiro.
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A Chape, porém, não aceitou a sugestão, fato que foi comemorado por Walter Feldman, secretário-geral da CBF . "No momento da solidariedade somos capazes de tudo e em meios a muitas ideias, uma delas foi essa – nos próximos três anos não ter rebaixamento. Essa é uma ideia muito solidária, mas vai contra o fundamento do Campeonato Brasileiro de ascensão e descenso", disse em entrevista ao "Sportv".
Feldman gostou da atitude da Chape, que pretende jogar o Brasileirão em condições iguais aos outros rivais e tentar se manter dentro de campo. "O mais interessante é que a Chapecoense não aceitou, não quis ser café com leite e nós gostamos muito dessa posição porque não suscitou um debate sobre isso”, afirmou o secretário da entidade.
Rodada de domingo
Após o adiamento de uma semana, o Campeonato Brasileiro será encerrado com a rodada quase completa, já que a partida entre Chapecoense e Atlético-MG terá um W.O. duplo das equipes. Walter Feldmann destacou as homenagens o clube de Chapecó e lembrou o apoio que a CBF está prestando às famílias das vítimas.
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“O fundamental nesse momento é completar a última rodada do Brasileirão. Deixando claro que a Chapecoense, nesse período todo, deve ser tudo em homenagem a ela. O chamado minuto de silêncio e todo o visual que represente o momento que estamos vivendo. Aqui estamos de luto, usando faixas pretas", comentou.
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Apoio e amistoso
Por fim, Walter Feldmann confirmou a ajuda financeira à Chapecoense, que perdeu 19 jogadores na tragédia. "Estamos dando muito apoio: R$ 5 milhões, o amistoso, o seguro de vida para as famílias terem um mínimo de tranquilidade. Nós vamos gerando uma solidariedade que talvez poucas vezes tivemos no futebol nacional”, finalizou.
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O amistoso em questão citado pelo dirigente da CBF é o da seleção brasileira diante da Colômbia, no dia 22 de janeiro de 2017, no estádio do Maracanã. no Rio de Janeiro. Toda a renda da partida será destinada às famílias das vítimas.