Vice da Chapecoense disse que teve "pressentimento ruim" e não embarcou

Dias antes do embarque para Colômbia, Ivan Tozzo decidiu que não iria com a delegação para o primeiro jogo da decisão da Sul-Americana

Ivan Tozzo, vice-presidente da Chapecoense, deveria estar no avião que matou 71 pessoas na Colômbia nesta terça-feira, mas, de última hora, desistiu de embarcar e se salvou da tragédia, mesmo que tenha ficado com a dor da perda de muitos companheiros. Em entrevista ao "Fox Sports", o dirigente revelou o motivo de ter permanecido no Brasil.

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"Estava tudo marcado de que eu iria viajar, me ligaram pedindo para viajar junto, eu estava com eles na semifinal na Argentina. Mas de última hora resolvi ficar. Tive um pressentimento ruim que passou pela minha cabeça, não que iria cair o avião, mas eu não estava legal comigo", disse o cartola da Chapecoense .

Foto: Reprodução
Ivan Tozzo, vice-presidente da Chapecoense

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"Isso é difícil de aceitar. Eu vi esse clube crescer, ajudei muito aqui. Meus parceiros de clube e de diretoria se foram. Agora a grande meta é dar conforto para as famílias que ficaram. E a partir da semana que vem vamos tentar reconstruir o clube. Precisamos de muita ajuda, de todos os clubes, federações, porque perdemos as pessoas, nossos atletas, nosso grupo, comissão técnica. Vamos começar do zero", comentou Tozzo.

Quase sem jogadores

A tragédia perto de Medellín matou, ao todo, 71 pessoas, incluindo jogadores da Chapecoense, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulação. Apenas seis sobreviveram: o goleiro Jakson Follmann, o zagueiro Neto, o lateral esquerdo Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez. 

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O goleiro Danilo chegou a ser retirado dos destroços da aeronave com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

"As pessoas passam, mas a Chapecoense fica. Agradecemos a intenção dos outros clubes em nos ajudar, de emprestar jogadores. Só nos restaram cinco ou seis jogadores aqui e que estão no departamento médico, que não viajaram. Nossos recursos são bem menores do que o de outros clubes. Não sei se vamos conseguir mais ficar na Série A", finalizou Ivan Tozzo.