Com ajuda de olheiros, seleção busca diversificar base
Exemplo é o lateral-esquerdo Kevin Kesley, que atua no Osasco FC, time da cidade de Osasco, da grande São Paulo
O torcedor brasileiro tem motivos para sorrir com a seleção nos últimos meses. Depois de colecionar vexames (7 a 1, eliminação na primeira fase da Copa América Centenária, futebol ruim, etc), o time principal parece estar de volta ao eixos com a chegada do técnico Tite, ídolo do Corinthians e unanimade para assumir o cargo entre todos os torcedores brasileiros.
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Porém, outras notícias boas também vem da base. Além do inédito ouro olímpico conquistado pela seleção sub-23 no Rio 2016, a CBF tem investido em "olheiros" para caçar talentos nos mais variados clubes, visando convocação para as seleções de base. A sub-17 é um exemplo. A prova de que o monitoramento está "em todos os lados" foi a recente convocação de Kevin Kesley, 16 anos, lateral-esquerdo formado pelo Audax, mas que hoje atua no Osasco FC, time de cidade da grande São Paulo.
Ele esteve em campo nos dois duelos contra o Uruguai, que aconteceram dias 6 e 8 de setembro, ambos disputados na Granja Comary. A seleção venceu as duas partidas, sendo uma por 2 a 0 e a outra, já mais entrosados, com boa goleada por 5 a 2. Os jovens ainda treinaram durante cinco dias no local e puderam conhecer toda a estrutura.
Bate-bola
Kevin vinha sendo observado pela comissão técnica da CBF desde a temporada passada, quando se destacou na campanha do título paulista sub-15 do Audax. Ele seguiu com boas atuações, já na categoria sub-17 do Osasco FC, o que lhe rendeu a primeira convocação em junho.
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O iG Esportes bateu um papo com o jovem Kevin, que parece já fazer parte em definitivo dos planos da base da seleção brasileira.
1) Conversaram com você antes de te convocarem?
Sim, conversaram. O supervisor da base, Diego Teixeira, me avisou antes na primeira vez, mas na segunda vez ele deixou como surpresa. Eu fiquei surpreso na segunda e na primeira também. Só que na segunda eu estava mais confiante pelo fato de ter ido a primeira vez e ter me adaptado melhor.
2) Por jogar em um clube de menor expressão, ficou surpreso com a convocação?
Fiquei surpreso! Na verdade, todos pensam que é um clube pequeno, mas quem conhece a história verdadeira do Audax vê que é um clube grande, ainda mais nesse categoria Sub-17. As pessoas até acham que é um clube pequeno, mas não importa porque lá dentro todos nós somos iguais. Até existe aquela diferença, mas todos respeitam bastante.
3) Qual a sua opinião quanto à estrutura da Seleção Brasileira, da base até a principal?
Lá é um lugar que todo mundo quer chegar e graças a Deus eu tive essa oportunidade. A estrutura é muito boa até o profissional. A alimentação, a área de academia, o departamento médico... Tudo é nota dez.
Na base, eles trabalham muito as linhas defensivas e ofensivas. Eles gostam que na minha posição, de lateral, eu apoie bastante e volte pra defender.
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4) Como ficou sabendo da primeira convocação e qual foi a sua emoção?
Na primeira convocação para a seleção eu não podia imaginar. Eu estava saindo pra ir à escola, quando eu recebi uma mensagem de um amigo meu antigo, o Guilherme, falando que eu tinha sido convocado. Eu achei que ele estava brincando, porque meus amigos tem esse costume de ficar brincando assim e eu fui pra escola, normal, pensando que era brincadeira. Quando eu cheguei lá o Supervisor da Base do Audax me ligou dando os parabéns pela minha convocação e eu fiquei bastante surpreso.