Funcionários da construtora OAS protestaram contra atropelamento de José Elias Machado
Uma morte seguida de protesto com incêndio tumultuou o domingo na Arena, o futuro estádio do Grêmio . Ao se dirigir do canteiro da obra, no Bairro Humaitá, em Porto Alegre, para o alojamento, locais divididos pela BR-290, José Elias Machado, 40 anos, foi atropelado por uma caminhonete. Revoltados com o caso, cerca de 500 funcionários iniciaram um protesto que terminou com a destruição de um dos alojamentos usados como dormitório.
“Eles usaram pedras, mas foram impedidos pelos colegas da Polícia Rodoviária Federal. Até tentaram virar a viatura. Foram dispersados com dificuldade”, contou o policial.
Então, o grupo de operários rumou para o Alojamento 02. Usaram fósforos e isqueiros para queimar colchões e cortinas. Eles consideravam a travessia insegura. O Corpo de Bombeiros foi chamado e controlou as chamas. A perícia isolou o local.
A OAS, de acordo com a assessoria de imprensa, irá se manifestar nesta segunda-feira. A obra, com previsão de término em 28 de novembro de 2012, já teve duas greves, parou por 15 dias e esteve embargada pelo Ministério do Trabalho. Os funcionários passariam a noite em hotéis no centro da cidade a serem escolhidos pela empresa.