Opinião: Afastado, Caboclo ajudou a puxar a CBF para o fundo do poço
Cartola foi afastado da presidência por 30 dias após decisão do Conselho de Ética da entidade
Rogério Caboclo está afastado temporariamente da presidência da CBF. Depois de um certo tempo, e muita pressão para ser tomada tal decisão, o cartola se despede de um lugar para qual esperamos que nunca mais volte.
Durante o decorrer da semana, uma série de episódios polêmicos acabaram jogando a entidade em uma crise complexa, com o dirigente aparecendo como figura central entre elas.
Um líder que, na verdade, nunca demonstrou ser e merecer tal posição. Influenciável, Caboclo viu o interesse do governo – e também o pessoal – em receber a Copa América no Brasil como algo fantástico, que seria mil maravilhas sediar um torneio em um país em que a pandemia do novo coronavírus ainda tira mais de duas mil vidas por dia.
A relação estreia com o presidente Bolsonaro dava sinais claros do que estava por vir. Os 'pitacos' de um governo negacionista nas decisões da entidade futebolística desgastaram a imagem de Caboclo, que já não era das melhores, tanto com a gerência, quanto com a comissão técnica e jogadores.
Vale lembrar que em suas últimas horas no comando o cartola ouviu conselhos para colocar o técnico Renato Gaúcho no lugar de Tite,
que chegou a receber críticas por conta de seu posicionamento. Mais uma das 'incríveis' ideias sugeridas.
Rogério Caboclo se junta a seleta lista de ex-presidentes afastados do cargo na CBF -, três foram acusados de corrupção e outro é suspeito de assédio moral e sexual.