Você sabia que um disco voador já apareceu em uma partida do Campeonato Brasileiro? O caso misterioso aconteceu em 1982.
No dia 6 de março o Operário/MS recebia o Vasco no estádio Pedro Pedrossian, popularmente conhecido como Morenão. A partida era válida pela segunda rodada da segunda fase do Brasileirão de 82.
Mais de 20 mil pessoas ocupavam as arquibancadas do estádio naquela noite quente do verão de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
O relógio passava das 8 horas da noite e a partida mal tinha começado quando um objeto voador não identificado começou a sobrevoar o estádio, emitindo uma forte luz branca.
"Parecia uma tocha de fogo. Quando começou a aparecer, todos pensaram que fosse um avião. Mas um avião não teria uma luz daquele tamanho" , recordou Maria das Dores, que estava no estádio no dia do ocorrido.
Segundo relato de jogadores e de torcedores, o ovni sobrevoou o campo por alguns segundos e de repente desapareceu numa velocidade supersônica, muito além de qualquer tecnologia que existia na época.
Uma das suspeitas era de que a luz misteriosa fosse de algum avião da Força Aérea Brasileira, já que a base aérea da FAB fica a menos de 10 quilômetros do estádio.
Por isso, muita gente acreditou que a Força Aérea estaria realizando algum teste com um novo tipo de aeronave que o público geral desconhecia. Mas, segundo o comando da Força Aérea, naquele dia não estava previsto nenhum vôo de teste na região.
Aliás, o agente que estava de plantão naquela noite na Base Aérea também avistou as luzes misteriosas, mas consultou os radares e nenhuma aeronave foi identificada.
Na época era bastante comum apresentações de paraquedistas da Força Aérea, que sobrevoaram o estádio de avião e pousavam no gramado antes das partidas.
Mas isso só acontecia nos jogos à tarde, então também era muito improvável que uma apresentação desse tipo fosse acontecer à noite.
Jogadores e árbitro testemunharam a aparição
O lateral direito do Operário, o Cocada, relatou a aparição do ovni em uma entrevista ao jornal Lance!.
" Aquilo foi muito estranho. Primeiro, parou um feixe com luzes em cima da marquise do estádio. Aos poucos, ele foi sobrevoando o gramado, passando bem forte e parou mais ou menos no meio de campo. O objeto parou em cima de mim e ficou emitindo luzes. Depois, num piscar de olhos, tudo apagou" , afirmou Cocada.
O árbitro da partida, o José de Assis Aragão, confirmou a história anos depois, em entrevista ao Uol, e confessou que até hoje não sabe o que era aquele facho de luz.
"O pessoal diz que era um disco voador. Eu não posso afirmar porque não sou da área, não conheço. Mas que teve essa luz grande parada em cima do estádio, isso teve. Quando a luz sumiu, o jogo continuou normalmente" , contou Aragão.
Há registros em vídeo ou foto do disco voador?
A partida foi gravada e transmitida pela TV Globo, porém nenhuma das câmeras presentes no estádio conseguiu captar imagens do disco voador.
O show de luzes misteriosas durou poucos segundos, tempo que não foi suficiente para nenhum cinegrafista conseguir virar a câmera para o céu, já que as câmeras da época eram extremamente grandes, chegando a pesar mais de 100 quilos.
Mas se não existem vídeos, há alguma foto que comprove que o ovni sobrevoou o estádio?
"Naquela época, os fotógrafos ficavam cerca de 20 minutos no jogo e depois corriam para a redação para revelar as imagens, então ninguém conseguiu fotografar a luz misteriosa" , contou o jornalista sul-matogrossense Paulo Nonato.
O caso ficou tão conhecido na época que um ufólogo, profissional especialista em discos voadores, se mudou de Maringá, no Paraná, para Campo Grande, apenas para estudar esse caso.
"Eu fiquei absolutamente seguro de naquela noite nós fomos visitados por uma outra forma de vida inteligente" , afirmou o ufólogo Ademar Gevaerd.
Alheio ao disco voador, o Operário venceu a partida por 2 a 0, com 2 gols do atacante Jones.
Vasco e Operário avançaram de fase naquela edição do Brasileirão, mas o disco voador não deu sorte pra ninguém, afinal os dois times acabaram eliminados nas oitavas de final.
O Operário de Campo Grande frequentemente disputava as principais divisões do futebol brasileiro e em 1982, ano da aparição do disco voador, chegou a vencer o Bayer Leverkusen e o PSV num torneio amistoso na Coreia do Sul.
Mas ao longo dos anos 1980 e 1990 o time foi perdendo espaço, sofreu rebaixamentos consecutivos e chegou até a encerrar suas atividades no futebol profissional.
Em 2014, o time retornou ao futebol e desde então venceu 3 vezes o campeonato do Mato Grosso do Sul, sendo inclusive o atual campeão do torneio e o maior campeão sul-matogrossense, com 14 títulos.