A dúvida atormenta o brasileiro. Talvez a principal seja na lateral-esquerda. Marcelo está se recuperando, mas Filipe Luís fez partida impecável contra o México. Marcelo, campeão europeu pelo Real Madrid, é extremamente técnico, habilidoso e ofensivo. Fundamental para o ataque canarinho. Já Filipe Luís é figura chave na linha de quatro defensiva, na retaguarda e recomposição. Sem Casemiro, suspenso, a questão aumenta. Eu colocaria Marcelo.
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Casemiro será grande desfalque. Faz ótima Copa do Mundo com seus desarmes e passes. Caiu como uma luva no time de Tite. Fernandinho, provável substituto, notoriamente não tem a mesma qualidade e nem mesmo as características do titular. O meio de campo belga é a principal força dos adversários. Tem atletas qualificados: jogadores rápidos e inteligentes. E prontos, sempre, buscando o eficiente Lukaku no comando do ataque. É um problema. No meio brasileiro , Willian foi bem demais no último jogo e merece permanecer.
E, no ataque, Firmino pede passagem. Tem poucos minutos em campo e se mostrou eficaz. Contra o México, por exemplo, entrou e teve estrela, fazendo o segundo gol da seleção brasileira . Gabriel Jesus - homem de confiança de Tite - quase conseguiu marcar o dele. Por uns dois centímetros a bola correu mais que seu corpo e foi parar nos pés de Neymar, na abertura do placar. No futebol, bola na casinha representa grandes trabalhos. Fora dela, questionamentos intermináveis. É tudo muito volúvel.
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Jesus é importante para o grupo. Corre o tempo todo, volta até o campo defensivo e desarma adversários. Não tem medo de tempo ruim: encara, marca e volta a se projetar no ataque. Taticamente é impecável e Tite sabe disso. Eu deixaria Gabriel como titular. Pelo menos por mais meio tempo. Nós conhecemos bem o menino. Sabemos como pode terminar a história. Firmino fez ótima temporada no Liverpool e também merece uma oportunidade. Mas não sei - acho sinceramente que não - se é hora de trocar. Questionamento bom para a comissão técnica.

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"Toda unanimidade é burra", disse certa vez Nelson Rodrigues. A dúvida está dominando o imaginário brasileiro . Ainda bem. E não é, por si só, uma unanimidade cega, absoluta e imbecil. Está nas mãos de Tite.