Coronavírus: F1 discute medidas diante do surto e mudanças no calendário

GP da China já havia sido adiado; primeira corrida será na Austrália, dia 15 de março

Foto: FORMULA 1 / Divulgação
Coronavírus deve afetar calendário da Fórmula 1

Ano passado, a Fórmula-1 anunciou a maior temporada de todos os tempos com 22 corridas. Porém, o surto do coronavírus , que se espalha pelo mundo, coloca em risco a realização de parte dos GPs, sobretudo os do Bahrein e do Vietnã, que acontecem na primeira parte do calendário. Os diretores da categoria marcaram reuniões para os próximos dias, na Espanha, a fim de solucionar a questão.

A F1 corre o mundo entre março e final de novembro com cerca de 2.500 pessoas em cada etapa e pode vir a ser um propagador do vírus em larga escala. Por isso, o GP da China, epicentro do coronavírus, que seria em 19 de abril já foi adiado. Os organizadores ainda não têm data de reposição definida.

No Vietnã, que relata apenas 16 casos confirmados, o governo fechou as escolas por um mês e bairros inteiros estão isolados. O país já anunciou que não permitirá a entrada de italianos. A Itália é o país mais afetado da Europa, com 320 casos registrados. A proibição de entrada para os italianos afeta direitamente o GP: Ferrari e Alpha Romeo não poderiam correr; algumas equipes não receberiam motores e a Pirelli não conseguiria entregar pneus.

No Bahrein, o problema é a logística de deslocamento até o país. O governo não quer permitir a entrada de pessoas que viajaram por Dubai ou Cingapura. Porém, uma semana antes a abertura da temporada será na Austrália, e quase todos os voos saídos de Melbourne passam pelos dois países citados acima.

A Austrália também tem tornado mais rigorosa a entrada de estrangeiros no país, mas não há previsão de adiamento da abertura da temporada. Das 22 corridas, em 16 delas há casos registrados de coronavírus nos respectivos países.