Ayrton Senna não estava feliz com sua vida e bastante chateado com Schumacher

Alain Prost disse em entrevista que o ex-piloto brasileiro se mostrava bem preocupado com a segurança na Fórmula 1 meses antes de morrer

Alain Prost e Ayrton Senna fizeram uma das maiores rivalidades da história da Fórmula 1
Foto: F1/DIVULGAÇÃO
Alain Prost e Ayrton Senna fizeram uma das maiores rivalidades da história da Fórmula 1

O ex-piloto francês  Alain Prost fez algumas revelações importantes sobre o ídolo brasileiro Ayrton Senna, um dos seus maiores rivais dentro e fora das pistas de Fórmula 1 entre as décadas de 80 e 90.

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Em entrevista ao site oficial da F1, Prost falou com carinho de Ayrton Senna e o referiu como grande amigo, apesar de nunca ter expressado esse sentimento quando o adversário ainda estava vivo.

"Eu aprendi a entender o ser humano que era Senna", explicou Prost, que também lembrou que foi o brasileiro quem iniciou a 'guerra' entre os dois. Nesta linha, ele lembrou de um episódio no final dos anos 80, quando eles compartilharam um evento no Salão Automóvel de Genebra: "Ele não falou comigo, nem uma palavra, e foi dormir depois do almoço".

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Este clima de inimizade entre ambos não impediu que, antes do acidente do GP de San Marino de 1994, Senna antecipasse algumas preocupações que tinha em relação à Fórmula 1. "De repente, ele era uma pessoa diferente. Ele chegou a me dizer: 'Essas pessoas não me motivam'".

Foto: Getty Images
Alain Prost era rival de Ayrton Senna na F1

Prost revelou também que, após sua aposentadoria em 1993, o brasileiro tentou convencê-lo a voltar. "Ele me ligava duas vezes por semana, queria que eu voltasse".

Ainda segundo Alain Prost, Senna confidenciou que acreditava que a equipe Benetton estava usando um sistema ilegal nos carros e que de alguma forma conseguia fugir dos controles da FIA. Quem havia despertado essa teoria era Michael Schumacher e, por isso, o brasileiro ficou bastante chateado com o alemão.

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Por fim, o ex-piloto francês admitiu que Ayrton Senna já previa o pior alguns meses antes de sua morte, em maio de 1994. "Sempre estava conversando com ele, não estava feliz com sua vida e, além disso, estava realmente preocupado com a segurança na Fórmula 1", finalizou Alain Prost, que atualmente tem 63 anos de idade.