Djoko e outros "deuses" se rendem a João Fonseca na Davis

Com Djokovic na plateia, João Fonseca consegue vitória mitológica contra Tsitsipas, em pleno estádio olímpico de Atenas

Novak Djokovic assiste vitória de João Fonseca na Copa Davis
Foto: Reprodução Instagram/@daviscup
Novak Djokovic assiste vitória de João Fonseca na Copa Davis

Sob o olhar de Novak Djokovic e inspirado pelos deuses mitológicos, João Fonseca foi o grande herói do Brasil na Copa Davis, contra a Grécia. Com direito a uma virada incrível contra Stefanos Tsitsipas, no terceiro set, em pleno estádio olímpico de Atenas, o brasileiro de apenas 19 anos mostrou que é o presente do tênis brasileiro. 

No final, um abraço coletivo de três gerações, foi um dos momentos mais emocionantes do nosso tênis nos últimos tempos. 

Virada heróica sobre nº 1 da Grécia

O Brasil vencia a série por 2 a 1 quando João Fonseca entrou em quadra para enfrentar o maior tenista da história da Grécia. Não que o país adversário tenha grande tradição na modalidade, mas Tsitsipas já foi nº 3 do mundo e permaneceu no top-10 até abril deste ano. 

Não bastava que o ídolo grego estivesse jogando em casa, mas precisava já ter vencido o segundo set e sacar para a vitória em 5 a 4 . Foi então que os “deuses do esporte” — incluindo Novak Djokovic em "carne e osso" — decidiram apontar o dedo para o fenômeno e mudar o rumo da partida.

Primeiro, João Fonseca mostrou frieza para quebrar o serviço de Tsitsipas, evitando a derrota e empatando o set. Depois, o brasileiro ainda confirmou seu serviço e, na sequência, quebrou o saque do grego mais uma vez para vencer a parcial por 7/5, fechar o jogo e, ainda por cima, garantir a vitória brasileira no confronto.

O último ponto foi comemorado como um gol em final de Copa — com a cara do Brasil na Davis. O capitão Jaime Oncins e os jogadores Marcelo Melo, Rafael Matos, Thiago Wild e Matheus Pucinelli correram em direção a João Fonseca para celebrar a vitória inesquecível.


Com a cara do Brasil na Copa Davis

Quem acompanha tênis a mais tempo, sabe que a Copa Davis tem a cara do Brasil. Não que o país tenha conquistado excelentes resultados, mas porque o nível de entrega dos jogadores é de arrepiar.

Desde a primeira vitória de Tomas Koch, aos 16 anos de idade, nos demos o direito de lutar por resultados históricos, que surpreenderam o mundo. Foi assim com a vitória sobre os EUA em 1966 e sobre a Alemanha, de Boris Becker, em 1992. Se considerarmos o nível do tênis brasileiro ao longo dos anos, chegar a quatro semifinais da Davis são, sim, resultados incríveis. 

Em mais um momento inesquecível, João Fonseca mostrou que não é apenas o futuro, mas também o presente o tênis brasileiro.