O ex-jogador Adriano, junto com os ídolos Junior e Romário, chora na presença de familiares durante o jogo de despedida entre antigos craques do Flamengo e do campeonato italiano, no Maracanã, no Rio de Janeiro, em 15 de dezembro de 2024
Daniel Ramalho
O ex-jogador Adriano, junto com os ídolos Junior e Romário, chora na presença de familiares durante o jogo de despedida entre antigos craques do Flamengo e do campeonato italiano, no Maracanã, no Rio de Janeiro, em 15 de dezembro de 2024
Daniel RAMALHO

O ex-atacante Adriano, o 'Imperador' se despediu dos gramados no domingo em amistoso no Maracanã, no Rio de Janeiro. A partida terminou com vitória das 'Lendas do Flamengo' por 4 a 3 sobre os 'Amigos da Itália'.

A ocasião serviu para Adriano, ex-jogador da seleção brasileira, da Inter de Milão e da Roma, de 42 anos, se despedir formalmente dos campos, oito anos após sua última partida oficial.

A partida contou com diversas lendas da seleção e do Flamengo, como o atacante Romário e o goleiro Júlio César. Adriano, que também estava acompanhado em campo pelo filho Adrianinho, marcou gols pelas duas equipes.

Em determinado momento da homenagem, o ídolo se emocionou e foi abraçado por todos os jogadores quando o telão mostrou uma mensagem criada por inteligência artificial de seu falecido pai, informou o Flamengo em um comunicado.

O 'Imperador' teve seu momento de destaque na seleção brasileira ao conquistar a Copa das Confederações na Alemanha em 2005, na qual foi eleito melhor jogador e também artilheiro, com 5 gols. Um ano antes, ele havia liderado o Brasil na conquista da Copa América, disputada no Peru.

Mas depois de ser titular no início da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, aos poucos foi perdendo espaço e crédito na seleção e nos clubes, com problemas de peso e com o álcool.

Em recente coluna no The Players Tribune, Adriano confessou ter voltado a morar na favela onde passou a infância e fez uma reavaliação de sua trajetória.

"Você sabe o que é ser uma promessa? Eu sei. Inclusive uma promessa não cumprida. O maior desperdício do futebol: eu. Gosto dessa palavra, desperdício. Não só por ser musical, mas porque me amarro em desperdiçar a vida. Estou bem assim, em desperdício frenético", disse o ex-jogador.

"Não uso drogas, como tentam provar. Não sou do crime, mas, claro, poderia ter sido. Não curto baladas (...) Eu bebo todos os dias sim, e os dias não muitas vezes também. Porque não é fácil ser uma promessa que ficou em dívida. Ainda mais na minha idade", escreveu o ex-atacante nessa carta.

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