A tenista romena Simona Halep após vitória sobre a brasileira Bia Haddad no WTA 1000 de Toronto de 2022
Vaughn Ridley
A tenista romena Simona Halep após vitória sobre a brasileira Bia Haddad no WTA 1000 de Toronto de 2022
Vaughn Ridley

A tenista romena Simona Halep criticou publicamente nesta sexta-feira (29) a branda punição imposta à polonesa Iga Swiatek, suspensa por um mês após ser flagrada em exame antidoping, depois que ela mesma recebeu uma suspensão inicial de quatro anos.

A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) revelou na quinta-feira que Swiatek, número 2 do mundo, testou positivo para uma substância proibida, o que rendeu à tetracampeã de Roland Garros uma suspensão de apenas um mês.

"Eu me pergunto por que essa diferença de tratamento e julgamento. Não consigo encontrar e acho que não pode haver uma resposta lógica", lamentou Halep em uma longa mensagem em sua conta no Instagram.

"Só pode ser má vontade da ITIA, a organização que fez de tudo para me destruir, apesar das evidências. Quiseram a todo custo destruir os últimos anos da minha carreira", acrescentou.

Inicialmente suspensa até 2026 por um teste positivo no US Open de 2022 e por uma anomalia em seu passaporte biológico, Halep teve a punição reduzida pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) em março de 2024 para nove meses, o que possibilitou seu retorno às quadras.

"Sofri, sofro e talvez sofra para sempre com a injustiça contra mim. Como é possível que em casos idênticos que aconteceram mais ou menos ao mesmo tempo a ITIA tenha abordagens completamente diferentes?", se perguntou a tenista de 33 anos, atualmente na 877ª posição no ranking da WTA.

"Perdi dois anos da minha carreira, muitas noites em claro, reflexões, ansiedade, perguntas sem respostas... mas consegui justiça. Foi uma contaminação e a história do meu passaporte biológico era pura invenção", afirmou a romena, campeã de Roland Garros em 2018 e de Wimbledon em 2019.

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