"Um irmão mais velho", se define o astro Cristiano Ronaldo, que aos 39 anos continua sendo um dos pilares da seleção de Portugal, que começa agora um novo ciclo após a decepção na última Eurocopa.
"Ronaldo é único!", disse o técnico da 'Lusa', o espanhol Roberto Martínez, quando revelou na semana passada a lista de convocados para enfrentar a Croácia nesta quinta-feira (5) e a Escócia no domingo (8), pela Liga das nações da Uefa.
"Continuar jogando no nível que ele joga, aos 39 anos, é incrível", ressaltou Martínez.
Após a aposentadoria do zagueiro Pepe, Cristiano Ronaldo fica como o grande veterano da seleção portuguesa, pela qual tem 130 gols em 212 jogos.
O cinco vezes Bola de Ouro, que joga há quase dois anos no Al-Nassr da Arábia Saudita, não brilhou na Euro, sem balançar as redes e com Portugal eliminado nas quartas de final pela França nos pênaltis.
Após a atuação discreta no torneio continental, sua vaga de titular não tem apoio unânime entre os portugueses.
"O treinador fala de um novo ciclo e mantém Cristiano Ronaldo entre suas opções", publicou no último domingo o jornal esportivo 'A Bola'.
- "Novos talentos" -
"Ele [Cristiano] não parece entender que já não tem as qualidades que tinha quando vestia as cores de Manchester United, Real Madrid e inclusive Juventus", acrescentou o jornal.
Indiferente às críticas, o camisa 7 respondeu que ainda não cogita se aposentar.
"Tenho a sensação de ser útil à seleção", disse o atacante. "Quando sentir que não estou ajudando, serei o primeiro a ir embora".
Com Cristiano Ronaldo ainda intocável, Martínez prepara o elenco abrindo portas a novos jogadores, como o atacante de 17 anos Geovany Quenda, do Sporting Lisboa, clube que revelou CR7.
"É muito importante estar atento aos novos talentos", explicou o técnico espanhol, que acompanhou Quenda nos últimos meses e quer testá-lo na seleção.
Os mais jovens, que chegam "com vontade de dar o melhor de si", podem agregar "muito" ao coletivo, acrescentou o meio-campista Vitinha, que joga no Paris Saint-Germain.
Para Cristiano, seu papel será o de ajudar os mais jovens a se integrar e preparar o futuro.
"Sou um pouco como o irmão mais velho", reconhece o capitão português. "Quero ajudar a seleção e o meu clube, não só marcando gols, mas também sendo um exemplo", concluiu.