Pieter Stam de Jonge
O prefeito de Roterdã, Ahmed Aboutaleb, informou, nesta terça-feira (27), que proibiu a realização do clássico entre Feyenoord e Ajax, que estava marcado para o próximo domingo, válido pelo Campeonato Holandês, devido a uma greve da polícia.
"A segurança dos jogadores e do público não pode ser garantida o suficiente sem o envolvimento da polícia", afirmou Aboutaleb em um comunicado enviado à AFP, no qual não foi informada uma nova data para a partida.
A polícia havia anunciado na segunda-feira que não estaria presente no jogo em Roterdã devido a um movimento de greve que começou há vários meses contra a aposentadoria antecipada.
O Feyenoord se mostrou "muito decepcionado" com o adiamento.
"Entendemos que as pessoas defendam sua causa. No entanto, lamentamos, e não é a primeira vez que o futebol é utilizado para questões nas quais não somos uma parte envolvida", declarou o clube em um comunicado.
"Compreendemos e concordamos com o prefeito ao não considerar que seja razoável permitir a realização da partida sem a presença da polícia", acrescenta a nota.
O Ajax, por sua vez, lamentou "que o futebol pague o pato por esse assunto", segundo o canal público de televisão NOS.
As movimentações da polícia começaram em maio com menos multas, o fechamento de delegacias para o público e ações de visibilidade como o acionamento do som das sirenes.
A polícia também entrou em greve durante outros jogos do campeonato este mês, mas sem provocar adiamentos, já que tais partidas não eram de alto risco.
A Federação Holandesa de Futebol (KNVB) lamentou o impacto da reivindicação policial no futebol, assim como o adiamento do jogo.
Depois de um ano de relativa calma, as autoridades holandesas tiveram que enfrentar um aumento da violência no futebol, cujo último exemplo impactante foi um ataque dos torcedores do AZ Alkmaar a torcedores do West Ham da Inglaterra em um jogo pela Liga Conferência na temporada passada.