Acusados de racismo em 2019, dois torcedores do Atlético-MG são absolvidos pelo TJMG

Episódio ocorreu no Mineirão, em um clássico entre Atlético x Cruzeiro, há três temporadas

Foto: Valinor Conteúdo
Acusados de racismo em 2019, dois torcedores do Atlético-MG são absolvidos pelo TJMG


Nesta quarta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) absolveu dois torcedores do Atlético-MG que eram acusados de racismo. Os irmãos Natan Siqueira Silva e Adierre Siqueira da Silva protagonizaram o episódio em um clássico entre Cruzeiro x Galo, em 2019.

Para a absolvição, os desembargadores que assinaram a decisão apontaram "justificável ira" dos réus. O ato de racismo ocorreu ao final da partida, em direção a Fábio Coutinho da Silva, um dos seguranças do Mineirão.

Na ocasião, os envolvidos teriam chamado Fábio de "macaco" e dito "olha sua cor", em tom pejorativo. Segundo o segurança, ele queria impedir que os réus acessassem a tribuna de imprensa, e, tão logo, a torcida do Cruzeiro.

Em contrapartida, uma perícia, solicitada pela defesa dos acusados, apontou que o segurança foi chamado de "palhaço", não "macaco". Cristiane Aguiar, advogada dos irmãos, afirma ainda que Fábio "nem é negro, mas, no máximo, pardo."

Por fim, na decisão os desembargadores afirmam que os réus foram motivados a agir com ira, uma vez que, mesmo sabendo dos efeitos do gás de pimenta, lançados pela Polícia, os seguranças não os deixou acessar um lugar mais seguro no estádio.