Brasília recebe 13º Campeonato Pan-Americano de Kungfu Wushu
Dezesseis países, representados por mais 300 atletas de 6 a 40 anos, estarão presentes no evento, marcado para 22 a 24 julho
A 13ª edição do Campeonato Pan-americano de Wushu, arte marcial chinesa conhecida no Ocidente como Kungfu, será realizada em Brasília, de 22 a 24 de julho, no ginásio da AABB – Associação Atlética do Banco do Brasil. O evento será aberto ao público, com entrada franca.
Realizado pela terceira vez no Brasil, o Pan-Americano contará com a participação de 16 países, representados por mais de 300 atletas de 6 a 40 anos. O evento terá disputas nas categorias infantil, infanto-juvenil, juvenil e adulto das modalidades de Sanda e Taolu.
Esta será a primeira competição internacional da modalidade realizada presencialmente no continente americano desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020. Brasília foi escolhida como sede desta edição do Pan-Americano em 2018, ano em que sediou o Campeonato Mundial Júnior de Wushu, algo até então inédito nas Américas.
O sucesso do evento realizado há quatro anos e a base sólida de praticantes locais fazem da capital federal um dos principais centros da modalidade no Brasil.
- Brasília já virou referência para eventos nacionais e internacionais de Wushu, tanto que foi eleita por unanimidade como sede do Pan. O apoio do governo local tem sido muito importante para organizarmos competições com alto grau de excelência. A expectativa para o Pan é muito alta - afirma Marcus Vinicius Fernandes Alves, secretário-geral da Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW).
O evento conta com o patrocínio do Governo do Distrito Federal (GDF), da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) e do Conselho de Administração do Fundo de Apoio ao Esporte (Confae).
Novidade inclusiva
O Pan-Americano de Brasília terá uma novidade que já está presente nos eventos nacionais de Wushu: a categoria de adaptados. O objetivo é incentivar a prática esportiva de forma diversa, além de trabalhar a disciplina e promover a inclusão.
- Teremos a participação de cadeirantes, deficientes visuais, amputados e pessoas com Síndrome de Down. No Brasil, a categoria já faz parte dos Campeonatos Brasileiros desde 2016 e o resultado tem sido admirável - diz Marcus Vinicius.
Preparação da base para o Mundial
A edição 2022 do Pan-Americano de Wushu será também uma valiosa oportunidade para os jovens talentos da modalidade. O evento servirá de preparação e avaliação dos atletas para o Mundial Júnior, marcado para dezembro, na Indonésia.
- Como teremos o Mundial Júnior de Wushu em dezembro, o Pan-Americano é uma oportunidade para as equipes nacionais avaliarem a performance dos atletas e já irem selecionando as equipes - explica Marcus Vinícius.
Outro destaque do evento será o curso de formação e classificação de árbitros de Sanda e Taolu para representantes de todo o continente. Promovido pela Federação Pan-Americana de Wushu, o treinamento está programado para 18 a 21 de julho.
Sobre o Wushu no Brasil
O Wushu conta com cerca de 220 mil praticantes no Brasil, sendo 15 mil filiados às federações estaduais, segundo o último censo realizado pela CBKW. Potência nas Américas, o país vem ocupando um lugar de cada vez mais destaque no cenário internacional: nas últimas quatro edições do Campeonato Mundial, conquistou dez medalhas.
O Sanda é a modalidade de luta do Wushu, marcada por combates de contato total, fluidos e emocionantes. Cada luta é realizada em três rounds de dois minutos cada, com um período de descanso de um minuto entre os assaltos. Os atletas recebem pontos dos árbitros por técnicas executadas com sucesso conforme os critérios de pontuação.
O Taolu, mais conhecido no Brasil como rotina, compreende um conjunto de técnicas pré-determinadas coreografadas de acordo com princípios e filosofias para incorporar ataques e defesas características de um estilo de Kungfu. Os atletas executam rotinas (de mãos livres ou com armas) baseadas em regras específicas, destacando suas capacidades atléticas.