Mata ou fortalece? Rodízio do Corinthians pode explicar liderança do clube no Brasileirão

Time equilibrado na competição tem jogado a favor do clube alvinegro no início da competição

Mata ou fortalece? Rodízio do Corinthians pode explicar liderança do clube no Brasileirão
Foto: Fábio Lázaro
Mata ou fortalece? Rodízio do Corinthians pode explicar liderança do clube no Brasileirão


Líder do Campeonato Brasileiro , o Corinthians não tem um time titular, e não terá tão cedo, por conta da carga excessiva de jogos. Vivo nas competições mata-mata que disputa, a Copa do Brasil , e a Libertadores , a estratégia adotada pelo técnico Vítor Pereira é revezar os atletas para não os expor fisicamente

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E o que no Brasil soa estranho, não ter o 1 a 11 definido, é justamente um dos fatores que tem feito o Timão líder do Brasileirão após cinco rodadas, com quatro vitórias e somente uma derrota.

Como as copas possuem um tiro mais curto e partidas com maior intensidade, jogadores de maior qualidade técnica, mas menor resistência física, têm sido priorizados neste tipo de partida, casos como o do lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Jô, por exemplo.

E essa decisão de nada tem a ver com as competições em si, e sim com a carga de jogos, mas a alternância acaba coincidindo.

Enquanto isso, o Brasileirão do Corinthians tem sido jogado com um time mais equilibrado. E o equilíbrio é justamente o que se espera de uma equipe em uma competição com 38 rodadas.

O torcedor corintiano sabe que enquanto o seu time estiver vivo nas três frentes em que disputa não saberá a escalação de cor. E o que ‘mataria’ essa estratégia do técnico Vítor Pereira, para equilibrar as partes física e técnicas do Timão ao longo do ano, é justamente o que tem fortalecido o grupo, que é a falta de entrosamento.

Assim como não é apegado a uma escalação fixa, VP também não é preso a um modelo de jogo. E com pouco tempo para treinar situações específicas, o treinador acaba passando muito da sua ideia no dia a dia, através de conversas e até mesmo exercícios de observação, em vídeos. E quando treina, é já visando o jogo, com as peças que irão a campo e as alternativas que terá em situações de mudanças de estratégia no decorrer da partida.

Com isso, os jogadores podem até não estar tão bem entrosados, mas cada um sabe exercer a sua função, até mesmo quando o treinador opta por mudar o esquema.

Foi assim contra o Fortaleza, quando Vítor mudou no intervalo, colocando o zagueiro Raul Gustavo no lugar do meia Renato Augusto, que fazia uma má partida, para reforçar o esquema defensivo que estava sofrendo bastante na etapa inicial. Também foi no decorrer do segundo tempo diante do Red Bull Bragantino, quando o treinador português identificou uma fragilidade do lado direito defensivo e colocou Robson Bambu no lugar de Rafael Ramos, terminando o jogo com uma linha de seis defensores.

E em ambos os casos os jogadores já sabiam o que fazer, porque era algo treinado e falado, o jogo com três defensores e a postura dos alas em determinadas conjunturas.

E o Timão tem justamente melhorado quando Vítor Pereira interfere no jogo da equipe enquanto ele acontece. E isso só ocorre porque vai além das questões de entrosamento, mas, sim, de uma compreensão de todo o grupo referente as ideias táticas do seu comandante técnico.