ANÁLISE: sofrimento contra o Guarani mostra que Corinthians de Vítor Pereira precisa de tempo para engrenar

Com primeiro tempo dominante e uma segunda etapa apática, Timão sofreu mais do que o necessário para eliminar uma equipe tecnicamente inferior

ANÁLISE: sofrimento contra o Guarani mostra que Corinthians de Vítor Pereira precisa de tempo para engrenar
Foto: Rafael Marson
ANÁLISE: sofrimento contra o Guarani mostra que Corinthians de Vítor Pereira precisa de tempo para engrenar


O Corinthians precisou de 90 minutos e sete penalidades para eliminar o Guarani e avançar às semifinais do Campeonato Paulista . O Timão fez um ótimo primeiro tempo, mas teve queda vertiginosa na segunda etapa e por pouco não ficou pelo caminho no estadual.

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O técnico português optou por colocar Gustavo Silva no lado direito do ataque, repetindo a mesma escalação da goleada por 5 a 0 contra a Ponte Preta. À princípio, tudo indicava para mais um placar elástico.

O time do Parque São Jorge controlou a posse no primeiro tempo, executou a pressão no campo do adversário, recuperando bolas em setores avançados do gramado, e criou diversas oportunidades de gol. Segundo o Footstats, o Timão deu sete chutes na meta de Mauricio Kozlinski.

Com volume de jogo e domínio das ações, a equipe explorou as bolas paradas. Foram sete escanteios, e a maioria cobrados da mesma forma (aberto no segundo pau), até Gil abrir o placar.

A única grande chance do Bugre na primeira etapa veio nos pés de Madson, que acertou lindo chute na trave de Cássio.

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O Corinthians voltou com certo ímpeto ofensivo na segunda etapa, mas uma desatenção no escanteio foi o suficiente para a equipe da casa ser desestabilizada.

Mesmo com as substituições, Vítor Pereira não conseguiu retomar a agressividade vista nos primeiros 45 minutos. O alvinegro paulista passou todo o segundo tempo sem dar um chute sequer ao gol, segundo o site de estatísticas Footstats.

Júnior Moraes recebeu poucas bolas no ataque, Paulinho não conseguia realizar suas clássicas infiltrações na área, e os pontas, seja Willian, Mantuan, Adson e Gustavo Silva, não eram acionados em situações de superioridade numérica.

Ficou claro contra o Guarani que, embora seja possível ver o estilo de jogo de Vítor Pereira ganhando forma no Corinthians, a equipe precisa melhorar tanto na parte física quanto mental para executar com mais consistência as ideias do novo treinador, que está se adaptando as nuances do futebol brasileiro.