Final da Sul-Americana foi 'evento teste' para decisão da Libertadores: o que deu certo e o que deu errado
Em uma proporção muito menor e com menos torcedores, operação de Athletico-PR x Red Bull Bragantino foi uma amostra do que pode servir como lição ou não para a Liberta
Estamos a menos de uma semana da tão esperada final da Copa Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. No último sábado, na final da Copa Sul-Americana entre Athletico-PR x Red Bull Bragantino , tivemos uma amostra da operação que acontecerá no dia 27, quando o evento será de proporção muito maior e com muito mais público.
TABELA
> Veja classificação e simulador da Libertadores-2021 clicando aqui
> Conheça o aplicativo de resultados do LANCE!
GALERIA
> Saiba os clubes que estão classificados para a Libertadores 2022
A reportagem LANCE!
foi ao estádio andando e no caminho passou por muitas barreiras montadas pela organização, que começaram a cerca de um quilômetro. Nesses locais, só poderiam passar carros e pedestres com permissão para estarem no evento, ou seja, profissionais envolvidos na organização e torcedores com ingresso. Sem isso, seriam barrados.
O procedimento deu certo, já que deixou a área do estádio exclusiva para o que se relacionasse ao jogo, sem causar congestionamentos ou veículos "brigando" por espaço com pedestres. Evidentemente, para Palmeiras x Flamengo o público será imensamente maior e o controle de acesso poderá ter mais dificuldade, mas diante das necessidades de sábado, a medida foi eficiente.
No entanto, muitos torcedores de Athletico-PR e Red Bull Bragantino reclamaram das informações desencontradas que receberam das pessoas do evento, principalmente sobre encontrar os pontos de acesso para as arquibancadas. Os relatos ouvidos pela reportagem foram de pessoas mandadas de um lado para o outro do estádio, sem saberem ao certo qual seria o local que precisariam chegar. As placas, por sinal, não ajudam muito.
Uma peculiaridade que vale destacar é o tamanho do complexo esportivo no qual está inserido o estádio. O deslocamento, feito exclusivamente a pé, é muito grande. Se for necessário fazer isso a cada vez que uma informação errada for passada pelo estafe, certamente a massa de torcedores na final da Libertadores não ficará contente em vivenciar tal desconforto a poucos minutos de iniciar a partida. Talvez essa seja uma lição a ser aprendida.
Outro aspecto a ser trabalhado é a grande possibilidade do encontro de torcidas em um dos pontos de acesso do estádio, em que as entradas são mais "exclusivas". Por lá há uma espécie de "fan fest" em que esse público VIP se encontra em um mesmo espaço, sem divisão. A rua que dá acesso a esse local é a mesma em que os ônibus das delegações passam para entrar no estádio. Pode ser problema se esse procedimento for mantido para o próximo sábado.
Durante as mais de quatro horas em que a reportagem do LANCE! ficou na parte externa do estádio antes de a partida começar, o policiamento foi constante, com carros e motocicletas de todos os tipos monitorando todo o complexo esportivo, o que será de extrema importância na próxima semana, não apenas nos arredores do Centenário, mas também por toda a cidade.
De modo geral, o que fica é que além de ter sido uma decisão importante do futebol do continente, a final da Copa Sul-Americana foi essencial para que lições do que fazer e do que não fazer fossem expostas. Dessa forma, haverá mais uma semana para a organização do evento aperfeiçoar esses detalhes e promover a melhor experiência possível para essa decisão histórica.