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Abbey D'Agostino é ajudada por neozelandesa Nikki Hamblin na prova dos 5.000m
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Abbey D'Agostino é ajudada por neozelandesa Nikki Hamblin na prova dos 5.000m

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A norte-americana Abbey D'Agostino e a neozelandesa Nikki Hamblin protagonizaram na última terça-feira, nos Jogos do Rio, uma cena que rodou o mundo e promete ficar marcada por muito tempo como exemplo de espírito olímpico. Na eliminatória dos 5.000 metros do atletismo, as duas competidoras tropeçaram em meio ao pelotão que buscava melhores posições e caíram. Uma tentou ajudar a outra a voltar para a prova, mas no fim, D'Agostino, visivelmente lesionada, precisou do auxílio de Hamblin, que desistiu de tentar um resultado melhor e decidiu ajudar a norte-americana a completar o percurso.

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Nesta quarta-feira, no entanto, saiu a confirmação de que a lesão de D'Agostino era, de fato, grave. O tropeção que gerou uma torção em seu joelho direito resultou em uma série de lesões no local. Exames de imagem diagnosticaram uma ruptura completa do ligamento cruzado anterior e do menisco, além de uma outra contusão no ligamento colateral medial.

"Ainda havia 2km de prova, estava me sentindo controlada e mentalmente preparada para manter contato com o pelotão que liderava. Então, numa fração de segundo, havia uma mulher no chão em minha frente, tropecei nela e alguém tropeçou atrás de mim, e eu estava no chão. Apesar de ter ciência das minhas ações no momento, só posso pensar que Deus preparou meu coração para responder daquela forma. Todo esse tempo aqui me deixou claro que minha experiência no Rio seria mais do que o desempenho na corrida. E assim que a Nikki levantou, eu sabia que era isso", disse D'Agostino nesta quarta.

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As graves lesões em seu joelho não impediram que ela completasse a prova, graças, também, ao auxílio de Hamblin, mas a fizeram deixar a pista do Engenhão de cadeira de rodas. Nesta quarta, saiu a confirmação de que a norte-americana não poderá mais competir na temporada. Ainda assim, D'Agostino garantiu que deixa o Rio bastante satisfeita.

"De longe, a melhor parte de minha experiência na Olimpíada tem sido a comunidade que ela cria, o que os Jogos simbolizam. Desde a noite de abertura, eu fui tocada por isso. Pessoas de todos os cantos do mundo mostrando suas culturas únicas e todos unidos na celebração do corpo, da mente e do espírito humano. Fico pensando sobre como este espírito de unidade e paz é mais forte do que os conflitos globais com os quais somos bombardeados e entristecidos diariamente", resumiu.

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