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Michael Phelps percorreu neste sábado os últimos 100 metros da piscina em uma Olimpíada no nado borboleta. Antes, nas 63 baterias em que competiu e percorreu uma distância de quase 12 quilômetros, acumulou uma coleção de medalhas de fazer inveja a qualquer mortal. Agora ele se despede como o atleta olímpico mais condecorado de todos os tempos e a cereja no bolo foi a vitória dos Estados Unidos no revezamento 4x100 metros medley.

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Michael Phelps disputou a prova ao lado de Ryan Murphy, Cody Miller e Nathan Adrian. Ficou à frente de todos os outros países, com o tempo de 3min27s95 (novo recorde olímpico), incluindo o time brasileiro formado por Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Henrique Martins e Marcelo Chierighini, que terminou com o sexto lugar (3min32s84) - a prata ficou com a Grã-Bretanha (3min29s24) e o bronze com a Austrália (3min29s93).

Phelps chora após levar seu último ouro em Jogos Olímpicos
Reprodução/Twitter
Phelps chora após levar seu último ouro em Jogos Olímpicos

Com a vitória, Michael Phelps chegou a 28 medalhas olímpicas - com 23 ouros, três pratas e dois bronzes. Aos 31 anos, ele deixa um legado de conquistas e exemplo para os atletas mais jovens. "Agora vou querer descansar e ficar mais tempo com minha família", disse o nadador, que levou para o Rio a sua mãe, a sua mulher e o filho Boomer, de apenas três meses.

Michael Phelps havia anunciado o fim da carreira há quatro anos, após os Jogos Olímpicos de Londres. Deixou as piscinas por dois anos, enfrentou depressão, problemas com drogas e chegou a ser condenado a 18 meses de prisão por dirigir embriagado - não precisou cumprir a pena porque ganhou liberdade condicional.

Em 2014, decidiu abandonar a aposentadoria e voltar aos treinos. Classificou-se para os Jogos do Rio-2016 e seguiu fazendo história. No Brasil, subiu ao pódio todas as vezes em que disputou uma final e foi reverenciado pelo público a cada entrada e saída da piscina. Era a reverência do povo para uma lenda.

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"Voltei e fiz as coisas que eu sonhava. Tive a oportunidade de estar aqui numa Olimpíada de novo e nem sei bem o que falar sobre isso. Foi uma semana muito especial para mim", disse Michael Phelps, em uma de suas últimas entrevistas como atleta olímpico. Agora ele vai deixar o Brasil com cinco medalhas de ouro e uma de prata, campanha melhor do que fez há quatro anos, em Londres.

Milésima medalha

O revezamento 4x100 metros medley feminino dos Estados Unidos entrou para a história ao conquistar a milésima medalha de ouro do País na história dos Jogos Olímpicos. A marca foi atingida neste sábado, no Estádio Aquático, quando a equipe feminina chegou à frente da Austrália, que ficou com a prata, e da Dinamarca, que levou o bronze no Rio-2016.

Kathleen Baker abriu o revezamento com o nado costas. Virou os primeiros 50 metros na frente, mas perdeu fôlego e entregou para Lilly King na quarta posição. No nado peito, ela assumiu logo a ponta e chegou na metade da prova deixando Dana Vollmer na segunda posição, atrás da Rússia.

A nadadora dos Estados Unidos puxou o ritmo, fez sua virada em primeiro, no nado borboleta, e deixou Simone Manuel em boas condições para os 100m finais, mas com uma pequena diferença para a Dinamarca. Só que a primeira atleta negra a ganhar um ouro olímpico na natação aumentou o ritmo e fechou na frente, com um tempo total de 3min53s13.

A Austrália garantiu a prata ao marcar 3min55s00, sendo apenas 0s01 mais rápido do que a equipe da Dinamarca. O Brasil foi eliminado ainda nas eliminatórias, na última sexta-feira, quando fez apenas a 13ª melhor marca.

Brasileira na final

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Reprodução/Twitter

Etiene Medeiros ficou em último na final dos 50m livre

A brasileira Etiene Medeiros disputou neste sábado a final dos 50 metros livre. A atleta nadou na raia 1 e acabou ficando na oitava e última posição. O resultado foi o melhor dela na natação dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Antes, havia caído nas semifinais dos 100 metros livre. Como marcou 24s69, seu melhor tempo nos 50 metros livre foi 24s45 na semifinal, quando ela quebrou o recorde sul-americano.

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O ouro nos 50 metros livre ficou com a dinamarquesa Pernille Blume, que fez a prova em 24s07. Na segunda posição veio a norrte-americana Simone Manuel, que chegou dois centésimos depois. Já Aliaksandra Jerasimenia, da Bielo-Rússia, fez 24s11.

Apesar de sair sem pódio, a atleta se mostrou feliz por ter ficado entre as melhores do mundo nos 50 metros livre justamente em um momento de turbulência em sua carreira. No início de junho, a menos de dois meses para a Olimpíada, ela foi pega no exame antidoping. A tensão foi grande até ela ser inocentada por ter usado um remédio para asma.

A volta por cima na Olimpíada pode ajudar a nadadora de 25 anos no próximo ciclo olímpico. Ela tem sido uma das melhores nadadoras brasileiras e brilhou nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em 2015, quando se tornou a primeira atleta do País a ganhar um ouro na natação no evento.

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