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Depois de três anos, a havaiana Tia Thompson foi admitida para participar de competições femininas nos Estados Unidos; alguns jogadores são contra

Tia Thompson, jogadora transgênera do Havaí
Reprodução/ Facebook
Tia Thompson, jogadora transgênera do Havaí

Nascida homem, Tia Thompson é a primeira jogadora de vôlei transgênera admitida pela USA Volleyball, a federação norte-americana de vôlei, para competir no circuito feminino. E, apesar da conquista recente, a local do Havaí sonha grande e quer participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.

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Assim que completou 18 anos, Tia saiu da casa dos pais religiosos e iniciou a transição com tratamentos hormonais. A jogadora defendeu times masculinos por mais de dez anos, mas no início de 2017, foi aceita para participar das competições femininas de vôlei nos Estados Unidos.

O processo de aceitação demorou cerca de três anos, tendo sido auxiliado pela USA Volleyball, entidade que regula o esporte no país, e pelo Comitê de Gênero. "Desde o início da terapia hormonal, até o momento em que reuni e apresentei os papéis ao Comitê de Gênero, todo o processo demorou três anos. Mas fui finalmente aceita", disse ao jornal "Hawaii News Now".

Tia Thompson (última à direita) com sua equipe
Reprodução
Tia Thompson (última à direita) com sua equipe















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Competições

No entanto, as organizações mundiais de esportes estão ainda em processo para atualização de regras para casos semelhantes ao de Tia Thompson. Mas em seu estado de origem, o assunto ainda tem dado o que falar. "É um tema sensível porque o vôlei é um dos principais esportes no Havaí", explicou a atleta.

Para fazer a transição de gênero dentro do esporte, a federação norte-americana requer que os candidatos estejam realizando o tratamento hormonal há pelo menos um ano e que modifiquem o gênero nos documentos de identificação.

Alguns jogadores ainda são contra a participação de pessoas transgêneras em competições porque acreditam que, a partir do momento em que Tia participa em uma equipe com mulheres biológicas, cria-se um nível de competição irreal.

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Aos 32 anos, 2017 será o primeiro ano de Tia jogando como mulher e também o primeiro ano de competição dos Estados Unidos que contará com um jogadora transgênera.