Há três anos a família de Dennis Munson Jr., 24 anos, recebeu a triste notícia de que o lutador havia morrido depois de fazer uma luta de kickboxing amadora em Milwaukee, cidade mais populosa do estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. Nesta semana, então, eles decidiram entrar com um processo contra o médico, o juiz, os treinadores do lutador e o promotor do combate.

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O processo foi registrado na Corte de Milwaukee e alega que o médico Carlos Feliciano e os promotores da luta , Jeffrey "Duke" Roufus e Scott Joffe não cumpriram suas responsabilidades de proteger e garantir a segurança de Dennis Munsou ao não exigir que ele utilizasse uma proteção na cabeça e também ao não finalizar o duelo quando o jovem ficou inconsciente dentro do ringue.

Dennis Munson Jr. durante o segundo round da luta em março de 2014
Reprodução
Dennis Munson Jr. durante o segundo round da luta em março de 2014

Os familiares processaram também o juiz Al Wichgers, os treinadores Scott Cushman e Joe Nicols e a academia Roufusport, time de Tyron Woodley, campeão do peso-meio-médio do UFC, e de Anthony Pettis, ex-campeão dos leves, já que o confronto, que aconteceu em 28 de março de 2014, foi promovido pela academia.

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"O incidente poderia ter sido previsto e foi uma tragédia para a família de Dennis Munson Jr. e esse processo é uma tentativa de responsabilizar os culpados pela morte de Dennis", afirmou Jonathan Safran, advogado da família, ao "Journal Sentinel". "Estou de coração partido porque o meu filho se foi. Rezo todos os dias para que mais ninguém se machuque nesse esporte", disse o pai do lutador, Dennis Munson Sr.

Outros erros

A reportagem ainda mostra diversos erros cometidos pelos responsáveis pela segurança da luta. Em um vídeo obtido pelo jornal, é possível ver o médico com o celular em uso durante momentos importantes do combate. Em outro momento, o treinador do Munson dá tapas no rosto atleta após o lutador desmaiar, enquanto o árbitro erra ao avaliar as condições vitais dele.

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Ao fim da luta, Dennis desmaiou no ringue, mas o tratamento médico demorou para chegar. Sua morte foi confirmada no hospital, horas depois, por complicações de um traumatismo craniano. O processo diz que os acusados foram negligentes e indiferentes às condições do atleta.

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