Objetivo é montar até 2050 uma equipe de máquinas inteligentes. No momento, porém, realidade é a RoboCup

"Acho que conseguiremos chegar lá. Podemos desenvolver robôs que consigam vencer um jogo, já que temos a tecnologia disponível", disse Subramanian Ramamoorthy, "capitão" da equipe da Grã-Bretanha na RoboCup, à BBC. O cientista diz que deseja ver um dia um time de máquinas ganhar um duelo contra a equipe campeã da Copa do Mundo humana (no caso, a própria seleção que vencer o Mundial em 2050).
No entanto, Ramamoorthy diz que seu sonho não é apenas uma ambição pessoal. "Caso tenhamos sucesso, o resultado não dirá respeito só ao futebol. Se conseguirmos desenvolver robôs que possam vencer um jogo de futebol, conseguiremos torná-los úteis para uma série de outras coisas" diz o britânico, que parece longe do objetivo: seu time, o "Edinferno", da Universidade de Edimburgo, foi eliminado ainda na fase de grupos - lembrando performances recentes dos humanos ingleses em torneios de futebol. Veja imagens da RoboCup :
Disputada por três tipos de robôs ("humanóides", que imitam a estrutura corporal de um humano, "sobre rodas", semelhantes aos carros, e "quadrúpedes", que lembram um cachorro), a RoboCup 2011 foi organizada pelo cientista turco Cetin Mericli, que diz ter ficado impressionado pelo poder das máquinas quando viu o computador Deep Blue vencer o mestre do xadrez Garry Kasparov, em 1997.
Todas as máquinas são desenvolvidas por uma empresa francesa, mas os softwares que dão a "habilidade" aos jogadores são criados por equipes de cientistas de todo o planeta. O evento é o maior encontro de robôs do mundo. Alguns times brasileiros, como o ITAndroids, do ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica), já chegaram a participar da competição, que teve sua primeira disputa em Nagoya, no Japão. A edição 2012 já tem até local definido (Cidade do México), quando os cientistas terão mais 38 anos para desenvolver o escrete que vai duelar contra os campeões do mundo em 2050. Veja como funciona um jogo entre robôs :
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