Texto do projeto de lei que dá garantias à Fifa tinha votação prevista nesta quarta-feira
Os líderes da base aliada do governo chegaram a um acordo para adiar a votação da Lei Geral da Copa para a próxima semana. Eles também decidiram retirar do texto qualquer referência à bebidas alcoólicas. A permissão para venda de cervejas durante o torneio é uma exigência da Fifa e foi incluída no texto do projeto de lei pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP).
Segundo o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), o governo brasileiro não assumiu compromisso com a Fifa de liberar as bebidas. “Compete aos deputados decidir sobre o assunto”, disse o parlamentar. O iG
apurou que o deputado foi orientado a falar isso pelo Governo Federal. A mensagem da Casa Civil é de que os parlamentares da base governista não precisam mais defender a liberação da venda de bebidas.
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A declaração levou o ministro do Esporte a vetar Valcke como interlocutor da Fifa com o Brasil. Após pedidos de desculpas da entidade, o Planalto já admite voltar a falar com o dirigente . Porém, ele não estará no encontro da próxima sexta-feira em Brasília.
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A Fifa gostaria que a Lei Geral da Copa tivesse sido aprovada ainda em 2011. O último prazo dado pela entidade era a entrada em vigor da lei até o final de março, o que tampouco deverá acontecer.
Na última terça-feira, os deputados aprovaram o texto do projeto de lei após dois atrasos na comissão especial da Câmara de Deputados . O conjunto de garantias à Fifa tem pontos polêmicos como a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o mundial, além da restrição ao direito a meia-entrada para idosos. Maiores de 60 anos, por exemplo, não poderão exercer o direito em entradas mais baratas, destinadas a estudantes e beneficiários do Bolsa-Família.