Nesta semana, o ambiente do São Paulo ficou conturbado com a notícia de uma suposta briga entre o meio-campista Cícero e o técnico Rogério Ceni no vestiário da equipe no Morumbi. A informação era que o comandante, bastante irritado com a produção do time em campo, teria chutado uma prancheta e acertado o rosto do jogador, criando uma confusão ali mesmo.

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Diante de toda repercussão, Cícero pediu para dar entrevista coletiva no CT da Barra Funda, nesta quarta-feira. E na conversa com os jornalistas, o jogador confirmou a irritação de Ceni, mas desmentiu que o treinador o teria acertado e também qualquer tipo de briga.

Cícero, meia do São Paulo
Reprodução
Cícero, meia do São Paulo

"Eu não sabia disso, fiquei sabendo por mensagem no meu celular. Quando vi, estranhei. Foi uma situação que eu não estava entendendo nada. No momento eu pensei: "Que notícia é essa? Isso é uma mentira'", disse o atleta.

O meia ficou de fora do jogo contra o Defensa y Justicia, pela Sul-Americana, e da estreia do Brasileirão contra o Cruzeiro. O clube justificou a ausência a problema de gripe, mas logo surgiu a especulação de que Rogério Ceni havia cortado o camisa 8 por conta da suposta confusão no vestiário.

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"Falaram que por causa disso, eu não joguei contra o Cruzeiro. Eu realmente estava doente. E no sábado, eu ainda não estava bem da febre. Tomava remédio, ia e voltava. Conversei com o doutor Sanchez e tomei antibióticos. Eles iam até me deixar fora da viagem, porque não tinha condições. E partiu de mim, porque como tomei antibiótico no sábado, achei que poderia estar melhor. Então eu falei que era momento de jogar, conturbado, e eu pedi para viajar. Fiquei como opção", comentou.

A ira de Rogério

Apesar de afirmar categoricamente que não brigou com Ceni, Cícero confirmou que o treinador ficou furioso no vestiário após levar o segundo gol do Corinthians , na semifinal do Paulistão, no Morumbi. "Coisa natural que acontece em vários outros lugares. Eu estava sentado. E o Rogério deu um chute, que não é prancheta, é um quadro. Falaram que pegou na minha cara, não tem nada a ver. O quadro caiu na minha direção, resvalou no pé, nem chegou a pegar em mim direito. Isso é coisa normal, vários treinadores falam de dar uma chacoalhada no vestiário".

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Rubens Chiri/São Paulo

Rogério Ceni, técnico do São Paulo

"Queria deixar claro isso aí, não tem nada a ver. E quem sou eu para confrontar o maior ídolo da história do clube, temos muito a aprender com o Rogério Ceni. Não tem como soltar uma coisa dessa sem ser verdade", comentou o jogador, que ainda elogiou o trabalho feito pelo seu comandante neste primeiros meses de ano.

"O trabalho dele é bom, todo mundo falou no início da temporada que o futebol do São Paulo era bonito, ofensivo e tal, mas as eliminações pesam. É natural que queiram arrumar coisa polêmica em time grande. O momento não é bom mesmo, se eu falasse que é bom estaria mentindo, mas estamos com o Ceni, foram só cinco derrotas. Temos tempo para melhorar no Brasileirão e fazer uma grande temporada ainda", disse Cícero. "A linha de raciocínio dele e o método de trabalho é muito bom, vai dar o que falar, mas claro que depende de nós jogadores", completou.

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