Nesta quarta-feira, o Atlético-PR conseguiu uma importante e suada vitória diante do Deportivo Capiatá por 1 a 0, jogando no Paraguai, e conseguiu se classificar para fase de grupos da Libertadores. Mas nem tudo foi motivo de comemoração para o time de Curitiba, já que muitos jogadores do time foram alvo de racismo por parte dos torcedores adversários.

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Vários atletas do Furacão foram vítimas de racismo , mas o que ficou mais sentido e se exaltou com as ofensas da torcida do Capiatá foi o experiente meio-campista Carlos Alberto, que precisou ser contido pelo atacante Grafite. Ele se irritou com algumas pessoas que o chamavam de "macaco" e foi até o alambrado para tirar satisfação.

Carlos Alberto não se conformou com ato de racismo e foi até a torcida do Capiatá tirar satisfação
REPRODUÇÃO / SPORTV
Carlos Alberto não se conformou com ato de racismo e foi até a torcida do Capiatá tirar satisfação

Depois da partida, ao falar sobre esse episódio no estádio Erico Galeano Segovia, o técnico Paulo Autuori se mostrou bastante revoltado, ressaltando que punições contra este tipo de prática são frequentes no futebol europeu e cobrou a mesma rigidez da Conmebol.

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"A América do Sul me parece, às vezes, uma 'República das Bananas', onde tudo pode acontecer. Na Europa, já estamos vendo punições claras em situações de racismo. O Nikão, na saída, foi chamado de macaco, e ninguém faz nada. Toda hora estão jogando garrafas em cima dele, e o quarto árbitro nada. É a República das Bananas a América do Sul, não tenho dúvida. Lá na Europa eles agem”, reclamou o treinador do Atlético-PR.

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Episódio em 2005

Grafite, que foi um dos que conteve Carlos Alberto, já havia sofrido caso de racismo também pela Libertadores, em 2005. Atuando com a camisa do São Paulo, o atacante foi ofendido pelo zagueiro Desábato, do Quilmes, da Argentina, no estádio do Morumbi. Naquela ocasião, o jogador argentino chegou a ser detido e passou dois dias em uma prisão da capital paulista.

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