Presidente da federação argentina admite que preço para contar com atletas que atuam nos EUA será muito alto e estuda alternativas
A Argentina convocou os seus principais jogadores para a disputa do Pré-Olímpico e espera contar com força máxima na competição. Para que isso ocorra, a federação de basquete do país procura agilizar o acerto do pagamento do seguro dos jogadores da NBA.

A dificuldade em acertar o pagamento do seguro dos atletas é reflexo do locaute instalado na NBA desde o início mês. O processo de negociação com os times foi modificado e acabou elevando o preço a ser desembolsado para que os atletas da liga norte-americana participem de competições internacionais defendendo seus países.
“O que nós ouvimos é o seguinte: se um jogador com três anos de contrato, que recebe um salário na média dos outros atletas, teríamos que gastar cerca de US$ 300 mil para assegurá-lo por estes três anos”, declarou Vaccaro. “É uma quantia inalcançável para qualquer outra federação”.
Vaccaro viajou à Madri, capital da Espanha, para se reunir com Jose Luis Saez, presidente da federação espanhola. O objetivo é tentar encontrar, junto com os dirigentes das demais seleções europeias, alternativas para concretizar o seguro dos atletas da NBA.
“Temos que encontrar uma solução para os jogadores”, afirmou Vaccaro. “Do ponto de vista institucional, seria irresponsável de nossa parte fazê-los jogar sem uma política de seguro. Eles devem ser assegurados para poderem trabalhar”.
O Pré-Olímpico será realizado na cidade argentina de Mar del Plata entre os dias 30 de agosto e 11 de setembro. A seleção comandada por Julio Lamas vai iniciar os treinamentos preparatórios para o torneio no próximo dia 29.
O seguro dos jogadores que atuam na NBA não é problema apenas para a Argentina. A República Dominicana convocou três atletas que jogam nos EUA : o pivô Al Horford, do Atlanta Hawks, o ala-ppivô Charlie Villanueva, do Detroit Pistons, e o ala-armador Francisco Garcia, do Sacramento Kings.
O Brasil acabou economizando com as dispensas de Nenê Hilário e Leandrinho Barbosa , além do corte do lesionado Anderson Varejão. Isso porque o único seguro com o qual a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) teve de arcar foi o de Tiago Splitter, pivô do San Antonio Spurs.